Há exatos 34 anos morria o maior ídolo da música do Rio Grande do Norte

Notícia da morte do cantor em 1989 - Foto: Reprodução/Tribuna do Norte

Filho de Gennaro Bezera Martins e Antonieta Feconstinny Bezerra, a carreira de Carlos Alexandre começou em 1975, quando ainda utilizando o nome artístico de"Pedrinho", teve sua primeira música gravada. O radialista Carlos Alberto de Sousalevou-o para a gravadora RGE, pela qual gravou um compacto simples, com as canções "Arma de Vingança" e "Canção do Paralítico", que teve vendagem de 100.000 cópias, sucedido pelo grande sucesso "Feiticeira", com 250.000 cópias.

O mito veio da Esperança Distante do centro urbano de Natal. Há alguns anos nascia a Cidade da Esperança. Como o próprio nome guarda em seu significado, surgia um aglomerado populacional que trazia consigo a fé, o desejo do lar, até pelo fato de ser uma experiência pioneira do modelo de moradia para a população de baixa renda. Naquele momento Natal recebia de presente o primeiro conjunto habitacional da América Latina. Conjunto que abrigou e ainda acolhe nomes que fizeram e a continuam construindo a trajetória da capital potiguar. Entre eles estava Pedro Soares Bezerra, nome pouco conhecido do grande público, já que na vida artística ele era conhecido como Carlos Alexandre.

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A morte de Carlos Alexandre

Ídolo popular, ninguém poderia representar melhor o bairro. Carlos Alexandre era o retrato das pessoas de Cidade da Esperança. Humilde, simples, mesmo depois que alcançou o sucesso e passou a ter remunerações mais expressivas, não trocou Natal pelo Sudeste, centro da arte e cultura do país, muito menos deixou o bairro que o recebeu quando ele saiu do município paraibano de Jacaraú, onde morava com a família que o adotou aos 2 anos de idade, e veio para a capital potiguar que lhe presenteou com os caminhos da carreira musical.

Durante 10 anos ele morou na Cidade da Esperança, somente nos três últimos anos de vida fixou residência no Jardim América e depois na Zona Norte.

O Acidente

O cantor morreu em 30/01/1989 em um acidente de carro entre São José de Campestre e Tangará, quando voltava de um show em Pesqueira, PE. O velório ocorreu no ginásio de esportes de Cidade da Esperança e o enterro, que reuniu milhares de fãs foi no Cemitério de Bom Pastor, no dia 31/01/1989.

Segundo matérias publicadas na época, ele foi sepultado ao som da multidão cantando "Feiticeira".

"Até hoje sinto muito a falta dele. Ainda guardo a camiseta suada que ele vestia antes de viajar. As últimas palavras que disse a ele foram: "Leve um pedaço do coração e deixe um pedaço do seu", recorda-se sua esposa Solange.

* Nova Cruz, RN (01/06/1957)

+ Pesqueira/São José do Campestre, RN (30/01/1989)

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